Entre 11 de abril e 11 de maio, 132 butecos serão visitados no Rio de Janeiro
Na última quarta, dia 9 de abril, a imprensa do Rio foi convidada para o lançamento oficial de mais uma edição do Comida di Buteco, que completa 25 anos de existência no Brasil. Um projeto inédito que teve como motivação a valorização de uma das modalidades de entretenimento gastronômico mais populares do nosso país. Esses estabelecimentos, muitas vezes localizados nas esquinas dos bairros mais longínquos ou apertados entre os edifícios das grandes cidades, movimentam há anos um grande mercado.
São muitas pessoas envolvidas neste ofício do simples e prazeroso lazer popular. Os butecos funcionam e funcionaram como o ganha-pão de várias famílias, abertos diuturnamente para abrigar um público sedento de pequenas e renováveis porções de iguarias e alegrias. A cerveja gelada é a bebida mais apreciada, muitas vezes entremeada por goles de cachaça ou por opções mais sofisticadas que já chegam a alguns bares, como drinks e espumantes.
O Comida di Buteco nasceu no ano 2000, na cidade de Belo Horizonte, terra de notória presença dos butecos. O objetivo era resgatar e estimular a permanência dos butecos familiares e da cozinha raiz, tão importantes para a afirmação de nossa identidade cultural, mas que sempre podem ser ameaçados por formatos mais padronizados do lazer gastronômico. Uma comida raiz bem-feita é algo irresistível, que marca a memória de quem a experimenta. Na minha opinião, não é necessário inventar nem sofisticar muito — às vezes, o simples bem-feito é mais do que suficiente.
O Comida di Buteco é um concurso, e não um festival, que fomenta, por um conjunto de ações midiáticas e promocionais, a ida de um grande público a estabelecimentos antes só localmente frequentados. A partir daí, o envolvimento e a satisfação do público multiplicam a divulgação dos petiscos pelas redes sociais ou pelo famoso e eficiente “boca a boca”. Pela soma de votos populares e de jurados, é eleito o melhor buteco da cidade. As notas vão de 1 a 10, considerando atendimento, temperatura da bebida, higiene e petisco. O petisco leva 70% do peso da nota, e as demais categorias, 10% cada uma. O voto do público vale 50% do peso total, e o dos jurados, 50%.
O evento, que dura cerca de 30 dias em sua primeira etapa, tem gerado muita receita extra aos estabelecimentos participantes e, em muitos casos, grande prestígio. São inúmeras as histórias de butecos pequenos que prosperaram graças ao projeto, que também acaba promovendo a elevação do padrão de qualidade do local quanto a quesitos que vão além do tira-gosto, mas que influenciam a experiência dos clientes e que são contabilizados na avaliação.
São 25 anos desde a sua fundação em BH e, no Rio, esta será a 18ª edição, que acontece entre 11 de abril e 11 de maio. Serão 132 butecos envolvidos, com muitos participantes veteranos e 20% de estreantes — margem de renovação da base de participantes de butecos pré-estipulada. Todo ano trabalham com algum conceito orientador, que pode exigir até a presença de algum ingrediente. O tema deste ano é “Paixão pelo Buteco”, escolhido para exaltar os 25 anos do projeto e que tem como protagonista o buteco raiz. Cada lugar vai escolher a sua forma de expressar essa paixão, sem restrições de formatos.
Assim como no ano passado, serão eleitos três campeões de distintos circuitos do Rio de Janeiro: Melhor Buteco da Baixada Fluminense, Melhor Buteco de Niterói e Melhor Buteco do Rio de Janeiro. E o valor do petisco é nivelado em R$ 35 em todo o país. Posteriormente, os vencedores de cada circuito serão reavaliados por um corpo de jurados para a eleição do MELHOR BUTECO DO BRASIL, a ser anunciado em festa realizada em São Paulo, no mês de julho. O campeão nacional do Comida di Buteco de 2024 é carioca: Bar Peixaria Divina Providência, em Irajá.
Confira a lista de butecos participantes e respectivos petiscos no site do Comida di Buteco: http://www.comidadibuteco.com.br/rio-de-janeiro
